Chega esta época do ano e sinto que minha vida cai num limbo completo e misterioso que dura até o mês do meu aniversário. Não existe mais aquela bolha imaginária do ano novo vida nova. Aquele portal invisível que todos pensamos atravessar às 00hs do dia 31, em que deixamos todos os problemas, as contas e os desafetos para trás e damos às boas-vindas à uma vida nova e do jeitinho que sonhamos, se fechou, e SURPRESA!!!! Não tem uma vida nova do lado de cá.
E agora é fevereiro, aquele mês em que a vida já tá andando no ritmo de fórmula 1, as contas pipocando na nossa cara e os problemas, ah, esses danadinhos, eles não só permanecem como inclusive aumentam. E estamos longe demais do próximo portal mágico do dia 31, ao mesmo tempo em que os dias estão passando com uma velocidade sobrenatural.
Meu ritmo vai caindo, aqueles planos todos que tracei em dezembro já parecem utopia, já deixo de levá-los tão a sério. O planejamento anual já está perdido na escrivaninha de alguma casa que nem é a minha. Minha mesa do trabalho ainda parece a mesa de estudo de um candidato a cargo público e eu ainda sento todas as noites em frente ao notebook pra ler blogs aleatórios e jogar candy crush.
Permaneço ansiando pelo mês de julho, o momento em que caio na real que já estamos na metade do ano, e choro as mágoas de um semestre perdido sem ter feito nada produtivo. É o momento em que geralmente começo a fazer o que deveria ter feito em janeiro. Colocar a vida em dia, arrumar minha mesa, jogar fora as correspondências acumuladas na minha gaveta, entrar de volta no meu caminho e começar a correr atrás de realizar aquele item mais fácil e obvio porém não menos necessário do planejamento anual.
E olha, eu sei que deveria estar dando um jeito nesta pequena desventura existencial ao invés de reclamando aqui, eu realmente sei. Mas se for assim, quebrarei o curso normal da lógica de acontecimentos que formam esta coisa cômica e desajeitada que costumamos chamar de minha vida. E eu ainda mantenho a dignidade de respeitar minhas próprias regras acidentais.
Ps: Eu ainda não sei exatamente sobre o que é este texto. Você também se sente assim?
E olha, eu sei que deveria estar dando um jeito nesta pequena desventura existencial ao invés de reclamando aqui, eu realmente sei. Mas se for assim, quebrarei o curso normal da lógica de acontecimentos que formam esta coisa cômica e desajeitada que costumamos chamar de minha vida. E eu ainda mantenho a dignidade de respeitar minhas próprias regras acidentais.
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