Não vejo TV por espontânea vontade, salvo em casos de estar "passando" pela sala ou sentar no sofá para comer algo (sim, eu gosto de comer sentada no sofá). Recentemente vi uma propaganda com a lindíssima Flávia Alessandra daquele antigo e pobrinho condicionador Neutrox. Minha irmã até comentou:"olha, esse é do nosso tempo".
Na minha infância o Neutrox era presença constante em casa, praticamente um membro da família. Aquele cheiro de pobre me acompanhou por muito tempo, sendo um clássico da moda favela style, perdendo apenas para o Monange e talvez, para o talco para os pés da granado (aquele verde) (tenho até hoje, confesso impregna no sapato, na cama, na vida).
Essa semana no banho, abri a porta do gabinete da pia para pegar um creme de hidratação quando vi o Neutrox ali no canto comprovando o fato de que você pode tirar o pobre da favela mas nunca jamais de modo algum, tirará a favela do pobre. Achei por bem usá-lo para matar as saudades.
No momento em que senti o cheirinho daquele condicionador, lembrei dos nosso banhos ao ar livre em Pernambuco. Praticamente minha infância inteira foi regrada a cabelo hidratado com Neutrox e no momento em que senti aquele cheiro, fui transportada para o Pernambuco, lugar em que passei apenas 15 dias da minha vida em uma viagem de férias.
Eu não sei o por que de ter me lembrado justo daquele momento. Mas eu fiquei olhando para a embalagem e lembrando de muitas coisas daquela viagem. Passei ele no cabelo e me lembrei de como a minha mãe passava ele na gente e depois tirava apenas o excesso, deixando um pouco para hidratar. Eu NUNCA deixo creme no meu cabelo hoje em dia.
Não faz muito tempo, eu entrei em uma doceria no centro de São Paulo e vi na prateleira um pacote do biscoito coquinho. Na mesma hora lembrei da minha infância: a mesa da minha casa com aquele pacote aberto e o cheiro do café da minha mãe. Eu sempre odiei aquele biscoito, mas sorri ao vê-lo ali depois de tantos anos.
Será que daqui há 10 ou 20 anos, eu ainda vou sentir o cheiro do Neutrox e me lembrar de Pernambuco? Será que vou olhar uma embalagem de coquinho e me lembrar dos cafés da tarde na infância?
Eu espero mesmo que sim. Essa sensação incrível de ser transportada para algum momento na sua história, que você nem se lembrava mais, é algo que vale a pena, mesmo que isso venha de um biscoito com o gosto horrível ou de um condicionador barato.
Na minha infância o Neutrox era presença constante em casa, praticamente um membro da família. Aquele cheiro de pobre me acompanhou por muito tempo, sendo um clássico da moda favela style, perdendo apenas para o Monange e talvez, para o talco para os pés da granado (aquele verde) (
Essa semana no banho, abri a porta do gabinete da pia para pegar um creme de hidratação quando vi o Neutrox ali no canto comprovando o fato de que você pode tirar o pobre da favela mas nunca jamais de modo algum, tirará a favela do pobre. Achei por bem usá-lo para matar as saudades.
No momento em que senti o cheirinho daquele condicionador, lembrei dos nosso banhos ao ar livre em Pernambuco. Praticamente minha infância inteira foi regrada a cabelo hidratado com Neutrox e no momento em que senti aquele cheiro, fui transportada para o Pernambuco, lugar em que passei apenas 15 dias da minha vida em uma viagem de férias.
Eu não sei o por que de ter me lembrado justo daquele momento. Mas eu fiquei olhando para a embalagem e lembrando de muitas coisas daquela viagem. Passei ele no cabelo e me lembrei de como a minha mãe passava ele na gente e depois tirava apenas o excesso, deixando um pouco para hidratar. Eu NUNCA deixo creme no meu cabelo hoje em dia.
Não faz muito tempo, eu entrei em uma doceria no centro de São Paulo e vi na prateleira um pacote do biscoito coquinho. Na mesma hora lembrei da minha infância: a mesa da minha casa com aquele pacote aberto e o cheiro do café da minha mãe. Eu sempre odiei aquele biscoito, mas sorri ao vê-lo ali depois de tantos anos.
Será que daqui há 10 ou 20 anos, eu ainda vou sentir o cheiro do Neutrox e me lembrar de Pernambuco? Será que vou olhar uma embalagem de coquinho e me lembrar dos cafés da tarde na infância?
Eu espero mesmo que sim. Essa sensação incrível de ser transportada para algum momento na sua história, que você nem se lembrava mais, é algo que vale a pena, mesmo que isso venha de um biscoito com o gosto horrível ou de um condicionador barato.
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