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Livro: Carrie, a estranha

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Uma das minhas maiores alegrias era sentar na TV em uma noite à espera de um filme assustador. Um destes filmes tão aguardados e frequentemente reprisados era Carrie, a estranha.


De Stephen King, o livro relata a vida de uma garota criada sob a asa da mãe, que nem sabia o que era menstruação até que aconteceu e ela achou estar morrendo de hemorragia. Uma mãe religiosa ao extremo que a culpava por ser mulher, por ter menstruado, pois agora era uma adulta e chamaria a atenção dos homens.

Uma das melhores coisas em ler um livro que inspirou um filme que a gente gosta é a quantidade de informações que encontramos nos extras. Em Carrie, a estranha, King conta que se inspirou em duas garotas que conheceu nos tempos da escola, em épocas diferentes. As duas eram vítimas de bullying, se vestiam de um jeito estranho, uma delas usava sempre a mesma roupa. Um dia ele teve a oportunidade de entrar na casa de uma delas para ajudar com algo. Na sala, havia uma cruz gigantesca pregada na parede acima do sofá. Ele jamais se esqueceu disso.

As duas garotas morreram, uma delas se suicidou. Pensando nelas, King criou esta estória, e desejava que elas pudessem estar aqui para ler.


Deste modo, enxergamos o sentido da vingança de Carrie contra a cidade que tanto a maltratou. Carrie representa todo jovem rejeitado, maltratado, que não se encaixa, não se adapta. King ouviu histórias sobre a telecinesia e usou deste recurso para desenvolver sua história. É até explicado a possibilidade genética desta condição.

A história vai sendo relatada pelo ponto de vista das poucas pessoas que sobreviveram ao acontecido na noite do baile, além de passear pelo próprio ponto de vista da Carrie. Sentimos o medo da Carrie, a raiva dela. Os pensamentos de dúvida e medo que ela tem da mãe, mas que não a impedem de sair para aquele baile. Ela precisava viver isto, ela não era como a mãe, que se culpava e punia por ter um dia caído na tentação da carne (sexo).

King descreve com detalhes os pensamentos da garota, o quanto ela se sente insegura, a necessidade de vingança e como este poder entra na cabeça dos habitantes da cidade, que mesmo antes de vê-la, já sabem, de alguma forma todos sabem, que é Carrie a responsável por tudo aquilo.

Um livro que não deixa a desejar em detalhes e justificativas, que nos desperta a sede de vingança por tudo que a personagem passou e nos entrega um final mais que satisfatório.


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