A auto-estrada é um livro escrito por Stephen King com o pseudônimo de Richard Backman.
Bart Dawes é um homem marcado pelo triste fato da morte de seu filho por um tumor cerebral. Ele trabalha em uma lavanderia, vive com sua esposa e é surpreendido pela notícia de que uma extensão de estrada irá passar pelo local que viveu toda a sua vida, o forçando a desapropriar a casa e sair de seu emprego. Dawes não aceita a proposta de venda de sua casa apesar dos protestos de sua esposa. O tempo vai passando e todos os vizinhos já saíram do local e até sua esposa finalmente o abandona.
É difícil aceitar a demolição da casa e do seu local de trabalho principalmente por ser ali que viveu todas as lembranças que guarda com seu filho. Conforme os dias vão passando, Dawes vai tomando atitudes estranhas e algumas até extremistas, que deixam todos a sua volta confusos. Claramente abalado psicologicamente, ele tem constantes sonhos com o filho e conversas com seu alter ego, em alguns momentos perturbadoras.
Eu demorei praticamente o mês inteiro para terminar este livro, que é arrastado até não poder mais. Me cansei com os diálogos internos de Bart Dawes, sempre com a mesma relutância em deixar aquele local. O livro se arrasta entre os dias da vida de Dawes, sendo que nada muda, ele continua tão perturbado nas páginas finais quanto era no início, ou seja, é muita enrolação para pouca evolução do personagem.
Além disso, nenhum personagem me cativou. Dawes é um chato petulante, sua esposa é uma sem graça que não faz diferença e os amigos e colegas que os cercam também não representam nada de especial. Talvez a viajante maluca para quem ele dá carona e a leva para dormir em casa seja a responsável pelas páginas mais interessantes do livro.
Enfim, eu demorei para pegar um livro chato para o Desafio Literário do Tigre, mas tive minha estréia! Arrisquei um livro do pseudônimo de King e não deu muito certo, então continuarei me aventurando apenas em Stephen King legítimo.
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