Sei perfeitamente que não sou só eu.
E ainda bem que não, pois assim não me sinto tão louca e tenho algumas pessoas para abraçar virtualmente.
Eis o fato: Me envolvo com a ficção de uma forma que ultrapassa a margem do saudável.
Me lembro de quando li Meu pé de laranja lima e como eu só podia ler umas 10 páginas por dia pois senão ficaria chorando o dia inteiro. Até hoje não tenho coragem de reler.
Lembro do quanto O Pequeno Príncipe me acompanhou e ainda acompanha. Só eu sei os cenários e paisagens de Avalon que a minha mente criou e para onde me transportou.
Se for citar filmes, ficarei o dia todo só escrevendo. Mas nada tira de mim o sentimento de ser um nada ao assistir os filmes que formam a trilogia O Poderoso Chefão. Meu conhecimento de cinema alcançou um novo patamar após aquilo. Eu nem tinha 15 anos.
Há anos atrás, eu vi Spartacus ser obrigado a matar seu melhor amigo Varro e só de lembrar disso meu olho ainda enche d'água. Quase larguei a série depois disso, foi cruel demais.
Mais recentemente ainda, vi Jesse Pinkman dirigir rumo à sua liberdade entre lágrimas de desespero e alívio, no desfecho de uma série que conquistou e rasgou meu coração.
A gente que é assim, geralmente gera o sentimento de estranheza nas pessoas "normais", ou pessoas que não têm o hábito de ler ou assistir filmes/séries, ou têm o hábito mas não se envolvem dessa formadoentia profunda. Há quem diga que a vida da gente talvez seja muito sem graça para tanto envolvimento com a ficção.
Eu já acredito que a vida das pessoas que se envolvem tão profundamente com a ficção seja mais colorida, poética e rica. Porque a gente viaja em universos que não são os nossos, a gente vive os sonhos de outras pessoas. A gente se torna parte da história que saiu da mente e coração de um escritor.
E no momento em que a gente entra em uma história, a gente entra junto com milhares de outras pessoas em todos os cantos do mundo. Eu gosto de pensar que isto tem algum poder, sabe. Como ~uma frequência que só a gente sabe~. A gente tá unido naquele momento em sentimentos e emoções junto com pessoas que nem conhecemos e isso tem que significar algo.
Harry Potter formou uma geração de adultos que releem a série com o mesmo brilho no olhar. Uma geração que sabe que "trouxa" não é apenas sinônimo de uma pessoa babaca.
E então esta semana fomos presenteados com um conto publicado pela própria J.K. Rowling no Pottermore, 17 anos depois de Harry vencer Voldemort e alguns anos antes de olhar seu filho ir a Hogwarts pela primeira vez.
É uma sensação muito boa ter notícias dos nossos queridos personagens, saber como estão, saber - da mente de sua criadora - que tudo está realmente bem.
Eu invento um "depois" quando me envolvo demais com a história. A partir da deixa do capítulo ou cenas finais, eu me sinto livre para criar a continuação - na minha mente. É minha forma de acalmar minha alma, não deixar que a história acabe quando termina. Mas vindo do escritor o significado é maior ainda.
É um conto simples, que provavelmente ela poderia escrever em uma noite - ou não - mas que é capaz de mexer novamente com a imaginação de milhões de pessoas e nos transportar de volta aquele universo. E agora vai demorar mais algumas semanas para desligar a mente desta frequência.
Ainda bem.
Leia o conto na íntegra.
E ainda bem que não, pois assim não me sinto tão louca e tenho algumas pessoas para abraçar virtualmente.
Eis o fato: Me envolvo com a ficção de uma forma que ultrapassa a margem do saudável.
Me lembro de quando li Meu pé de laranja lima e como eu só podia ler umas 10 páginas por dia pois senão ficaria chorando o dia inteiro. Até hoje não tenho coragem de reler.
Lembro do quanto O Pequeno Príncipe me acompanhou e ainda acompanha. Só eu sei os cenários e paisagens de Avalon que a minha mente criou e para onde me transportou.
Se for citar filmes, ficarei o dia todo só escrevendo. Mas nada tira de mim o sentimento de ser um nada ao assistir os filmes que formam a trilogia O Poderoso Chefão. Meu conhecimento de cinema alcançou um novo patamar após aquilo. Eu nem tinha 15 anos.
Há anos atrás, eu vi Spartacus ser obrigado a matar seu melhor amigo Varro e só de lembrar disso meu olho ainda enche d'água. Quase larguei a série depois disso, foi cruel demais.
Mais recentemente ainda, vi Jesse Pinkman dirigir rumo à sua liberdade entre lágrimas de desespero e alívio, no desfecho de uma série que conquistou e rasgou meu coração.
A gente que é assim, geralmente gera o sentimento de estranheza nas pessoas "normais", ou pessoas que não têm o hábito de ler ou assistir filmes/séries, ou têm o hábito mas não se envolvem dessa forma
Eu já acredito que a vida das pessoas que se envolvem tão profundamente com a ficção seja mais colorida, poética e rica. Porque a gente viaja em universos que não são os nossos, a gente vive os sonhos de outras pessoas. A gente se torna parte da história que saiu da mente e coração de um escritor.
E no momento em que a gente entra em uma história, a gente entra junto com milhares de outras pessoas em todos os cantos do mundo. Eu gosto de pensar que isto tem algum poder, sabe. Como ~uma frequência que só a gente sabe~. A gente tá unido naquele momento em sentimentos e emoções junto com pessoas que nem conhecemos e isso tem que significar algo.
Harry Potter formou uma geração de adultos que releem a série com o mesmo brilho no olhar. Uma geração que sabe que "trouxa" não é apenas sinônimo de uma pessoa babaca.
E então esta semana fomos presenteados com um conto publicado pela própria J.K. Rowling no Pottermore, 17 anos depois de Harry vencer Voldemort e alguns anos antes de olhar seu filho ir a Hogwarts pela primeira vez.
É uma sensação muito boa ter notícias dos nossos queridos personagens, saber como estão, saber - da mente de sua criadora - que tudo está realmente bem.
Eu invento um "depois" quando me envolvo demais com a história. A partir da deixa do capítulo ou cenas finais, eu me sinto livre para criar a continuação - na minha mente. É minha forma de acalmar minha alma, não deixar que a história acabe quando termina. Mas vindo do escritor o significado é maior ainda.
É um conto simples, que provavelmente ela poderia escrever em uma noite - ou não - mas que é capaz de mexer novamente com a imaginação de milhões de pessoas e nos transportar de volta aquele universo. E agora vai demorar mais algumas semanas para desligar a mente desta frequência.
Ainda bem.
Leia o conto na íntegra.
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