Em abril de 2016 eu decidi sair de casa e ir morar sozinha. Como quase tudo na minha vida, e decidi DO NADA, em uma semana arrumei o lugar, encaixotei minhas coisas e parti. Me vi sozinha em meio á dezenas de caixas em um quarto de 10m2, longe de casa.
Quase tudo que eu imaginei que faria quando saísse de casa aconteceu de forma diferente. Eu imaginava fazer compras, cozinhar, receber amigos no fim de semana, trazer vários crush, ter gato, caminhar no minhocão (moro do lado), fazer academia...
Na realidade eu peço comida pronta quase todas as noites, eu não adotei um gato (pois divido a casa com 4 meninos e aprendi que eles não são obrigados a criar filho que não é deles), raramente meus amigos vem pra cá (eu que acabo sempre indo pros fervos na casa deles), não tenho tantos crushes assim pra ficar esquentando cama e na real, o que eu mais gosto mesmo é de chegar e largar minha roupa no chão, ascender meu beck e ter minha cama t.o.d.i.n.h.a pra mim.
Aprendi que sempre vai rolar muitas perguntas sobre sair de casa, que tem muita gente de 20 e poucos tentando sair de casa também, que vão te pedir umas dicas e dar outras também. Que muitas pessoas estão na mesma que você, sem condições de comprar casa ou pagar aluguel sozinhas, vão dividir com outras pessoas. E isso é bem ok. Me acostumei com a cara de espanto das pessoas quando eu falo que não cozinho, fiz apenas um arroz (ficou horrível), nunca fiz feijão ou carne, que minha alimentação é basicamente pizza, lasanha pronta e nuggets. Sempre vai rolar uma desconfiança quando comento que moro com 4 homens ("deve ser uma bagunça né?", "todo mundo fica pelado?", "eles são muito bagunceiros?", "cinco pessoas numa casa, não é apertado"?)
Mas também, posso ir e voltar de qualquer lugar praticamente a qualquer hora, pois moro numa região central e mesmo que não tenha mais metrô/ônibus, ou alguém pra me trazer, existe Uber e Uber é ó, muito amor sim. Sem contar chegar de madrugada sem ninguém no seu pé, fiscalizando. Trazer alguém se eu quiser. Hospedar amigos por uns dias. Ouvir música a vontade no meu quarto, ficar pelada a vontade, limpar o quarto quando eu bem quiser (nas áreas comuns ainda rola um rodízio por questões de boa convivência e higiene mesmo).
Minha vida mudou muito de abril/2016 pra cá. Eu fui muito feliz nessa casa enorme, nesse quarto lindo e com essas pessoas sensacionais. E agora estou fechando este ciclo. Estou partindo, da minha primeira casinha, minha primeira experiência longe da asa de um adulto (minha mãe). Estou indo para meu segundo lar nessa aventura de viver longe de casa. Não sei ainda como será, mas a vibe é totalmente diferente daqui. Vou morar com outros 4 homens. Dessa vez, 4 homens que já estão na minha vida, que já amo.
É muito louco pensar no quanto a minha vida mudou nesses 9 meses, no tanto de coisa nova que aprendi, nas centenas de pessoas que conheci, no tanto que me conheci. Fazer as coisas do meu jeito, me virando com o que tinha. Decorando com pouco e vivendo sem luxos. Aprendendo que luxos não importam.
Passo horas olhando pro céu e pros prédios, olhando o vento balançar a árvore do nosso quintal. Silêncio. Música. Vento. Calor. Chuva. Momentos.
Vou sentir falta desse ninho! Sou muito grata. Essa cidade tem muitos momentos de dor mas tem também surpresas maravilhosas. Estou pronta para construir mais histórias.
Quase tudo que eu imaginei que faria quando saísse de casa aconteceu de forma diferente. Eu imaginava fazer compras, cozinhar, receber amigos no fim de semana, trazer vários crush, ter gato, caminhar no minhocão (moro do lado), fazer academia...
Na realidade eu peço comida pronta quase todas as noites, eu não adotei um gato (pois divido a casa com 4 meninos e aprendi que eles não são obrigados a criar filho que não é deles), raramente meus amigos vem pra cá (eu que acabo sempre indo pros fervos na casa deles), não tenho tantos crushes assim pra ficar esquentando cama e na real, o que eu mais gosto mesmo é de chegar e largar minha roupa no chão, ascender meu beck e ter minha cama t.o.d.i.n.h.a pra mim.
Aprendi que sempre vai rolar muitas perguntas sobre sair de casa, que tem muita gente de 20 e poucos tentando sair de casa também, que vão te pedir umas dicas e dar outras também. Que muitas pessoas estão na mesma que você, sem condições de comprar casa ou pagar aluguel sozinhas, vão dividir com outras pessoas. E isso é bem ok. Me acostumei com a cara de espanto das pessoas quando eu falo que não cozinho, fiz apenas um arroz (ficou horrível), nunca fiz feijão ou carne, que minha alimentação é basicamente pizza, lasanha pronta e nuggets. Sempre vai rolar uma desconfiança quando comento que moro com 4 homens ("deve ser uma bagunça né?", "todo mundo fica pelado?", "eles são muito bagunceiros?", "cinco pessoas numa casa, não é apertado"?)
Mas também, posso ir e voltar de qualquer lugar praticamente a qualquer hora, pois moro numa região central e mesmo que não tenha mais metrô/ônibus, ou alguém pra me trazer, existe Uber e Uber é ó, muito amor sim. Sem contar chegar de madrugada sem ninguém no seu pé, fiscalizando. Trazer alguém se eu quiser. Hospedar amigos por uns dias. Ouvir música a vontade no meu quarto, ficar pelada a vontade, limpar o quarto quando eu bem quiser (nas áreas comuns ainda rola um rodízio por questões de boa convivência e higiene mesmo).
Minha vida mudou muito de abril/2016 pra cá. Eu fui muito feliz nessa casa enorme, nesse quarto lindo e com essas pessoas sensacionais. E agora estou fechando este ciclo. Estou partindo, da minha primeira casinha, minha primeira experiência longe da asa de um adulto (minha mãe). Estou indo para meu segundo lar nessa aventura de viver longe de casa. Não sei ainda como será, mas a vibe é totalmente diferente daqui. Vou morar com outros 4 homens. Dessa vez, 4 homens que já estão na minha vida, que já amo.
É muito louco pensar no quanto a minha vida mudou nesses 9 meses, no tanto de coisa nova que aprendi, nas centenas de pessoas que conheci, no tanto que me conheci. Fazer as coisas do meu jeito, me virando com o que tinha. Decorando com pouco e vivendo sem luxos. Aprendendo que luxos não importam.
Passo horas olhando pro céu e pros prédios, olhando o vento balançar a árvore do nosso quintal. Silêncio. Música. Vento. Calor. Chuva. Momentos.
Vou sentir falta desse ninho! Sou muito grata. Essa cidade tem muitos momentos de dor mas tem também surpresas maravilhosas. Estou pronta para construir mais histórias.