Eu não sei o que escrever aqui mas sinto que preciso escrever alguma coisa. Eu não desisti desse lugar que ainda me faz bem, mesmo com a distância que mantenho dele. Só que não faz mais o mesmo sentido de antes, e talvez eu me arrependa um pouco de ter divulgado ele pra tanta gente conhecida, algumas quais ainda peguntam sobre e ainda lembram o endereço daqui. Isso me limita, não que e deva alguma coisa pra alguem mas né, as vezes só não to afim.
Pois bem, muita coisa mudou, de novo.
Adotei mais um gato, o Chico, e talvez isso seja a coisa mais legal dos últimos tempos. Ele é muito diferente da Brisa, da muito mais trabalho, mas é igualmente amado.
Continuo vegana. Sempre me perguntam "e ai, firme e forte?". Porque sera que as pessoas ficam esperando a falha dos outros? Pois para o desgosto de geral, sim, continuo bem vegana e cada dia mais certa de que tomei a melhor decisão.
É curioso como eu desenvolvi mais o meu lado espiritual depois do veganismo. Acredito que tudo no universo é energia e toda essa energia está conectada, então quando você sai da cadeia alimentar de crueldade algumas coisas começam a funcionar diferente pra você. É uma nova energia que circula, não é a toa que em muitas religiões existe o preceito, ou resguardo, ou quarentena, enfim... tudo para reservar um período sem consumo de carne e/ou alimentos de origem animal para a energia fluir melhor nos trabalhos ou para se manter em oração. Agora você imagina se abster da carne e alimentos animais p-a-r-a s-e-m-p-r-e. Muita muita coisa.
Excluí o Facebook e o Twitter. Também exclui mais da metade das fotos do instagram e mais da metade dos seguidores e parei de seguir gente que em nada me acrescenta ou inspira. Eu percebi que as pessoas se expõe demais sem perceber e refleti comigo "porque eu faço isso?". Porque eu preciso mostrar pro mundo essa foto? O mesmo significado que tem pra mim, terá pra todo mundo? Sim, tô bonita nessa selfie, mas eu preciso da aprovação (likes) das pessoas pra me achar bonita?
Eu ainda não sei o que vou fazer com meu instagram, se deixo como está, se apago tudo, se continuo postando mas sem expor minha vida... O que importa pra mim não importa pra quem me segue e me incomoda compartilhar com pessoas coisas pra quem não tem o mesmo significado.
Mas não é só isso... eu não me lembrava a última vez que tinha lido um livro ou assistido um filme. Era deitar na cama e ficar com o celular na cara, facebook aberto olhando vidas que não me interessam. Era acontecer qualquer coisa, pegar o celular pra tirar foto e postar no facebook. Era levantar as 4am pra ir ao banheiro e checar notificações. Isso não é vida.
Se você tem um relacionamento saudável com as redes sociais, que bom pra você, continue assim. Eu não tinha mais, então escolhi me afastar.
Eu tenho crises existenciais constantes. Isso tá acontecendo mais do que nunca. Eu questiono demais. Eu não me conformo fácil. Eu sei que não posso mudar muita coisa porque infelizmente também sou parte do sistema - preciso trabalhar pra pagar por moradia, transporte, alimentação, cultura, diversão, etc. - mas nem por isso quer dizer que acho certo e me conformo. Isso me causa insônia. Pensar me mantém acordada por dias e noites. Isso me adoece.
Não compro roupas há meses. Tô andando com roupas folgadas, algumas manchadas ou rasgadas. E não é por falta de dinheiro mas sim porque não consigo ver sentido na necessidade de consumir, consumir, consumir. Eu sou a mesma pessoa vestindo camisão velho ou calça da moda e não é isso o que realmente importa?
Esses dias fiquei feliz da vida porque ganhei flores. Eu nunca me importei com flores até que ele apareceu com um simples porém colorido arranjo de flores que me fez sair pulando pela sala pedindo pros meus amigos me ajudarem a fazer elas viverem pra sempre. Não foi apenas o gesto dele que me comoveu, como a minha relação com a natureza que mudou demais. Eu amo flores e plantas e quero ter uma casa repleta delas. Eu pesquiso como cuidar de plantas em casa. Isso está diretamente ligado também à manipulação das ervas e temperos (que estou estudando).
Percebo que tenho me aproximado cada vez mais de pessoas com energias compatíveis com as minhas e me afastado de quem tem propósitos e valores muito diferentes. Eu sou uma esponja de energias e por isso preciso tomar muito cuidado com os ambientes e pessoas. Uma coisa que acontece muito comigo é chegar nos rolês onde encontro muitos conhecidos e logo virar uma muleta pra todo tipo de necessidades, desabafos, carências, pessoas que passam mal, etc. Quantas vezes no meio de uma brisa fui puxada por alguém que estava se sentindo mal, ou que teve uma crise de ansiedade, ou que me pedia pra ajudar a encontrar alguém, ou que tava numa bad de alguma droga, ou que precisava pedir um uber e o celular acabou a bateria, etc... e nisso perdia horas e minha brisa boa ia embora pra sempre. Sei que sou incapaz de negar um abraço e carinho pra alguém e isso acaba me sugando demais. Mas diminui bastante a frequência de festas e tô fazendo muito programa caseiro só com pessoas mais intimas.
Há meses tenho sonhos estranhos. Um nome vinha na minha mente e fui pesquisar e descobri que se tratava de uma entidade da Umbanda. Não fui atrás, mas coincidentemente a Umbanda é a religião que o boy frequenta, uma amiga próxima também. Mas eu sempre tinha uma desculpa pra não ir, até que um dia em uma conversa informal no almoço de trabalho combinei com uma colega de ir no centro dela. Agora eu não sei se sou uma frequentadora, ou sei lá como se chama, mas estou indo conforme sinto a necessidade. Deixando rolar. Eu abri um canal pra que quem quer que seja que queira se comunicar comigo possa vir, mas talvez não tenha sensibilidade o suficiente pra perceber - se é que há - algum contato. Mas os sonhos e o nome da tal entidade parou de aparecer na minha mente. Uma das resoluções de 2018 pra mim é cuidar do lado espiritual.
Bom, pra quem não sabia o que escrever, até que escrevi bastante. Uma amiga me diz que preciso abrir um canal no Youtube porque tenho muito conteúdo interessante. risos me sinto mesmo lisonjeada e um pouco metida por isso. Mas assim como aconteceu com o instagram, eu acho que não tô mais na vibe de compartilhar meus pensamentos e minha vida com pessoas que não me importam.
Pois bem, muita coisa mudou, de novo.
Chico e as flores
Adotei mais um gato, o Chico, e talvez isso seja a coisa mais legal dos últimos tempos. Ele é muito diferente da Brisa, da muito mais trabalho, mas é igualmente amado.
Continuo vegana. Sempre me perguntam "e ai, firme e forte?". Porque sera que as pessoas ficam esperando a falha dos outros? Pois para o desgosto de geral, sim, continuo bem vegana e cada dia mais certa de que tomei a melhor decisão.
É curioso como eu desenvolvi mais o meu lado espiritual depois do veganismo. Acredito que tudo no universo é energia e toda essa energia está conectada, então quando você sai da cadeia alimentar de crueldade algumas coisas começam a funcionar diferente pra você. É uma nova energia que circula, não é a toa que em muitas religiões existe o preceito, ou resguardo, ou quarentena, enfim... tudo para reservar um período sem consumo de carne e/ou alimentos de origem animal para a energia fluir melhor nos trabalhos ou para se manter em oração. Agora você imagina se abster da carne e alimentos animais p-a-r-a s-e-m-p-r-e. Muita muita coisa.
Excluí o Facebook e o Twitter. Também exclui mais da metade das fotos do instagram e mais da metade dos seguidores e parei de seguir gente que em nada me acrescenta ou inspira. Eu percebi que as pessoas se expõe demais sem perceber e refleti comigo "porque eu faço isso?". Porque eu preciso mostrar pro mundo essa foto? O mesmo significado que tem pra mim, terá pra todo mundo? Sim, tô bonita nessa selfie, mas eu preciso da aprovação (likes) das pessoas pra me achar bonita?
Eu ainda não sei o que vou fazer com meu instagram, se deixo como está, se apago tudo, se continuo postando mas sem expor minha vida... O que importa pra mim não importa pra quem me segue e me incomoda compartilhar com pessoas coisas pra quem não tem o mesmo significado.
Mas não é só isso... eu não me lembrava a última vez que tinha lido um livro ou assistido um filme. Era deitar na cama e ficar com o celular na cara, facebook aberto olhando vidas que não me interessam. Era acontecer qualquer coisa, pegar o celular pra tirar foto e postar no facebook. Era levantar as 4am pra ir ao banheiro e checar notificações. Isso não é vida.
Se você tem um relacionamento saudável com as redes sociais, que bom pra você, continue assim. Eu não tinha mais, então escolhi me afastar.
Eu tenho crises existenciais constantes. Isso tá acontecendo mais do que nunca. Eu questiono demais. Eu não me conformo fácil. Eu sei que não posso mudar muita coisa porque infelizmente também sou parte do sistema - preciso trabalhar pra pagar por moradia, transporte, alimentação, cultura, diversão, etc. - mas nem por isso quer dizer que acho certo e me conformo. Isso me causa insônia. Pensar me mantém acordada por dias e noites. Isso me adoece.
Não compro roupas há meses. Tô andando com roupas folgadas, algumas manchadas ou rasgadas. E não é por falta de dinheiro mas sim porque não consigo ver sentido na necessidade de consumir, consumir, consumir. Eu sou a mesma pessoa vestindo camisão velho ou calça da moda e não é isso o que realmente importa?
Esses dias fiquei feliz da vida porque ganhei flores. Eu nunca me importei com flores até que ele apareceu com um simples porém colorido arranjo de flores que me fez sair pulando pela sala pedindo pros meus amigos me ajudarem a fazer elas viverem pra sempre. Não foi apenas o gesto dele que me comoveu, como a minha relação com a natureza que mudou demais. Eu amo flores e plantas e quero ter uma casa repleta delas. Eu pesquiso como cuidar de plantas em casa. Isso está diretamente ligado também à manipulação das ervas e temperos (que estou estudando).
Percebo que tenho me aproximado cada vez mais de pessoas com energias compatíveis com as minhas e me afastado de quem tem propósitos e valores muito diferentes. Eu sou uma esponja de energias e por isso preciso tomar muito cuidado com os ambientes e pessoas. Uma coisa que acontece muito comigo é chegar nos rolês onde encontro muitos conhecidos e logo virar uma muleta pra todo tipo de necessidades, desabafos, carências, pessoas que passam mal, etc. Quantas vezes no meio de uma brisa fui puxada por alguém que estava se sentindo mal, ou que teve uma crise de ansiedade, ou que me pedia pra ajudar a encontrar alguém, ou que tava numa bad de alguma droga, ou que precisava pedir um uber e o celular acabou a bateria, etc... e nisso perdia horas e minha brisa boa ia embora pra sempre. Sei que sou incapaz de negar um abraço e carinho pra alguém e isso acaba me sugando demais. Mas diminui bastante a frequência de festas e tô fazendo muito programa caseiro só com pessoas mais intimas.
Há meses tenho sonhos estranhos. Um nome vinha na minha mente e fui pesquisar e descobri que se tratava de uma entidade da Umbanda. Não fui atrás, mas coincidentemente a Umbanda é a religião que o boy frequenta, uma amiga próxima também. Mas eu sempre tinha uma desculpa pra não ir, até que um dia em uma conversa informal no almoço de trabalho combinei com uma colega de ir no centro dela. Agora eu não sei se sou uma frequentadora, ou sei lá como se chama, mas estou indo conforme sinto a necessidade. Deixando rolar. Eu abri um canal pra que quem quer que seja que queira se comunicar comigo possa vir, mas talvez não tenha sensibilidade o suficiente pra perceber - se é que há - algum contato. Mas os sonhos e o nome da tal entidade parou de aparecer na minha mente. Uma das resoluções de 2018 pra mim é cuidar do lado espiritual.
Bom, pra quem não sabia o que escrever, até que escrevi bastante. Uma amiga me diz que preciso abrir um canal no Youtube porque tenho muito conteúdo interessante. risos me sinto mesmo lisonjeada e um pouco metida por isso. Mas assim como aconteceu com o instagram, eu acho que não tô mais na vibe de compartilhar meus pensamentos e minha vida com pessoas que não me importam.