O livro "adulto" da J.K Rowling tem morte, drogas, sexo em lugares públicos, estupro, bullying e violência doméstica. Aqui devo dizer, caso restem dúvidas, que não, não tem nada à ver com Harry Potter, a temática é completamente diferente.
Dito isto, vamos a crítica:
Morte Súbita (The Casual Vacancy) conta a história do pequeno vilarejo de Pagford e os fatos que se seguem após a morte de um de seus conselheiros distritais, Barry Fairbrother. Com a morte repentina de Barry, acontece a chamada vacância (vaga), sendo necessário o preenchimento do cargo por indicação dos membros do conselho ou votação aberta.
Aos poucos, Rowling nos apresenta seus personagens através do impacto causado na vida de cada um pela morte de Barry Fairbrother. Alguns eram amigos próximos e íntimos, outros eram alunos, outros inimigos políticos, e é através de cada um deles que conhecemos quem foi Barry (que morre logo nas primeiras duas páginas)
Os protagonistas das partes mais bacanas do livro são certamente os adolescentes. Só para citar alguns dos meus favoritos:
- Stuart Wall, conhecidos por todos como "Bola", é o cara descolado da turma. Sempre tem uma resposta para tudo, é admirado pelos colegas pelo seu jeito de ser, sempre tão superior.
- Sukhvinder Jawandaé uma paquistanesa filha dos médicos da cidade. Ela é feia e disléxica acima do peso e sofre bullying na escola. Além disso, se sente desprezada pela mãe e inferior aos seus irmãos.
- Krystal Weedon, de longe a minha favorita. Criada por uma mãe drogada que se prostitui para sustentar seu vício em heroína, Krystal vive em uma casa caindo aos pedaços no bairro pobre da cidade. É desbocada, transa com quem quer transar, é espontânea e aos 16 anos quase nem sabe ler. Mas Krystal tem um amor incondicional pelo seu irmãozinho de 3 anos, que já foi tirado da mãe por correr riscos de vida. Krystal tenta ao máximo manter a mãe na clínica de reabilitação e cuidar do irmão para que as assistentes sociais não queiram o tirar dela novamente.
Bem, se eu continuar na empolgação acabarei soltando spoiler. Mas tinha que falar dos personagens que mais gostei no livro, todos adolescentes. O livro todo na minha opinião é uma história sobre relacionamento de adolescentes com seus pais. Todos os adolescentes do livro tem algum problema com os pais. Além disso, há os interesses políticos, que ocupam boa parte da história.
O livro se arrasta do inicio ao fim, dá sensação que algumas coisas poderiam ser cortadas para dar mais dinâmica na história, além de personagens completamente mornos (como a Gaia), que não tem um grande sentido na história. Mas no geral, é um livro muito bom, com uma escrita de qualidade acima da média, segurando bem o suspense, deixando pontos soltas no final dos capítulos que só se amarrarão páginas à frente.
Li em 6 dias, empolgadíssima pelo final, mas com vontade de prolongar os momentos com aquelas pessoas tão interessantes (principalmente a Krystal). e quando chegou o final... TRISTE! TRISTE! DRAMÁTICO! HORRÍVEL!
J.K Rowlling mostrou com este livro que sabe como ninguém escrever histórias de adolescentes (que eu adoro, por sinal), e que não apenas fantasia, mas também vida real e cruel.
Dito isto, vamos a crítica:
Morte Súbita (The Casual Vacancy) conta a história do pequeno vilarejo de Pagford e os fatos que se seguem após a morte de um de seus conselheiros distritais, Barry Fairbrother. Com a morte repentina de Barry, acontece a chamada vacância (vaga), sendo necessário o preenchimento do cargo por indicação dos membros do conselho ou votação aberta.
Aos poucos, Rowling nos apresenta seus personagens através do impacto causado na vida de cada um pela morte de Barry Fairbrother. Alguns eram amigos próximos e íntimos, outros eram alunos, outros inimigos políticos, e é através de cada um deles que conhecemos quem foi Barry (que morre logo nas primeiras duas páginas)
Os protagonistas das partes mais bacanas do livro são certamente os adolescentes. Só para citar alguns dos meus favoritos:
- Stuart Wall, conhecidos por todos como "Bola", é o cara descolado da turma. Sempre tem uma resposta para tudo, é admirado pelos colegas pelo seu jeito de ser, sempre tão superior.
- Sukhvinder Jawandaé uma paquistanesa filha dos médicos da cidade. Ela é feia e disléxica acima do peso e sofre bullying na escola. Além disso, se sente desprezada pela mãe e inferior aos seus irmãos.
- Krystal Weedon, de longe a minha favorita. Criada por uma mãe drogada que se prostitui para sustentar seu vício em heroína, Krystal vive em uma casa caindo aos pedaços no bairro pobre da cidade. É desbocada, transa com quem quer transar, é espontânea e aos 16 anos quase nem sabe ler. Mas Krystal tem um amor incondicional pelo seu irmãozinho de 3 anos, que já foi tirado da mãe por correr riscos de vida. Krystal tenta ao máximo manter a mãe na clínica de reabilitação e cuidar do irmão para que as assistentes sociais não queiram o tirar dela novamente.
Bem, se eu continuar na empolgação acabarei soltando spoiler. Mas tinha que falar dos personagens que mais gostei no livro, todos adolescentes. O livro todo na minha opinião é uma história sobre relacionamento de adolescentes com seus pais. Todos os adolescentes do livro tem algum problema com os pais. Além disso, há os interesses políticos, que ocupam boa parte da história.
O livro se arrasta do inicio ao fim, dá sensação que algumas coisas poderiam ser cortadas para dar mais dinâmica na história, além de personagens completamente mornos (como a Gaia), que não tem um grande sentido na história. Mas no geral, é um livro muito bom, com uma escrita de qualidade acima da média, segurando bem o suspense, deixando pontos soltas no final dos capítulos que só se amarrarão páginas à frente.
Li em 6 dias, empolgadíssima pelo final, mas com vontade de prolongar os momentos com aquelas pessoas tão interessantes (principalmente a Krystal). e quando chegou o final... TRISTE! TRISTE! DRAMÁTICO! HORRÍVEL!
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